Medicina Hospitalista

Medicina Hospitalista

A Medicina Hospitalar (MH), ou Medicina Hospitalista, é um modelo de assistência multiprofissional focada no paciente hospitalizado. Essa especialidade visa qualificar o cuidado ao paciente, com eficiência e combate ao desperdício. As premissas são a liderança no ensino, qualidade, segurança assistencial e o cuidado centrado no paciente. As ferramentas da MH proporcionam uma redução significativa no tempo de permanência do paciente, melhorando a sua experiência durante a sua jornada e reduzindo custos para o hospital.

A MH promove a desospitalização eficiente, através da identificação precoce de pacientes com maior risco de internação prolongada, aprimoramento do cuidado ao paciente, e transição efetiva na alta hospitalar.

Esse modelo é baseado em um sistema de organização adaptado dos Estados Unidos. Em 2004/2005, o CEO da Eficiência Hospitalista e Improve – Foco no Paciente, André Wajner, trouxe, juntamente com um grupo de médicos, esse modelo de assistência para o Brasil. Em 2007, foi fundada a Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar (SOBRAMH).

Modelo de assistência multiprofissional

A MH pressupõe a atuação de uma equipe multiprofissional, em um formato horizontal de cuidado, com o objetivo central de qualificar a atenção ao paciente. Nesse modelo, o hospitalista é o principal gestor de enfermaria, promovendo o crescimento de toda a equipe e da instituição. O Diretor de Operações da Eficiência Hospitalista e Improve – Foco no Paciente, Dr. Fabrício Fonseca, explica os pilares da MH:

A Medicina Hospitalar tem como pilares principais o assistencial, ou seja, propiciar uma assistência de qualidade; o pilar gerencial/administrativo, ou seja, a participação de médico e equipe multidisciplinar em atividades não assistenciais; o uso de indicadores, para balizar a gestão do cuidado; e o pilar de agregação de ferramentas que permitam promover qualidade e segurança no cuidado, como por exemplo o safety huddle e o round multidisciplinar.

Consultor da Eficiência e Improve, o Dr. Vinícius Sabedot Soares, destaca também a redução na variabilidade dos cuidados entre as equipes, como um dos ganhos oferecidos pela Medicina Hospitalista:

Medicina Hospitalista é um modelo de atendimento para pacientes internados em enfermarias clínico-cirúrgica, mas pode ser aplicado também a outras especialidades através de comanejo, que é um compartilhamento de responsabilidades assistenciais do médico assistente subespecialista com o médico hospitalista. Essa equipe possui uma visão mais ampla sobre o paciente, integrando ferramentas de gestão da prática clínica para reduzir a variabilidade dos cuidados. Com isso, a gente consegue melhor resultado para o paciente, com o menor tempo de internação possível e também otimizando o uso dos demais recursos.

Diferente do modelo da clínica médica, em que o médico muitas vezes passa pelo hospital, vê o paciente, prescreve e vai embora, a Medicina Hospitalista prevê outro formato: os médicos ficam em horários pré-definidos para a assistência dos pacientes na enfermaria, cumprindo uma carga horária que varia de 4h a 8h por dia, dependendo do modelo desenhado dentro do mapeamento assistencial que a empresa realiza.

Esse modelo busca trazer um conceito de qualidade assistencial e de eficiência, alterando o modelo “médico-centrado” para um modelo “paciente-centrado”, com um plano terapêutico estruturado, que a equipe multidisciplinar desenha em conjunto com a equipe médica. Na MH, a gente busca ter os melhores tratamentos disponíveis, pensando na melhor utilização do recurso hospitalar. O custo da diária e os riscos assistenciais são muito altos, então quanto menos tempo o paciente ficar, melhor. Temos vários norteadores que propiciam esse melhor desempenho, como estratégias de desospitalização eficiente, como uma distribuição adequada de pacientes por médico, com um bom plano terapêutico desenhado, protocolos implementados, isso tudo é Medicina Hospitalar.

Entre em contato agora