Projeto pioneiro completou um ano e vem garantindo a qualidade na assistência, ao reduzir o tempo de permanência dos pacientes internados e aumentar o giro de leito
O projeto de implantação da Medicina Hospitalar realizado pela Eficiência Hospitalista – Soluções em Saúde completou um ano no Hospital Unimed Caruaru (HUC), em Pernambuco. Essa realidade garantiu à instituição o maior giro de leito (confira mais no quadro), ao otimizar a utilização dos leitos disponíveis.
O trabalho voltado para a qualidade assistencial é considerado pioneiro tanto para o município de Caruaru como para a região Agreste de Pernambuco. E os números comprovam isso. Em janeiro de 2019, um leito do HUC tinha a capacidade de receber um paciente no mês. Já no mesmo período de 2020, depois da implantação da Medicina Hospitalar, esse número passou para 3,3. Ou seja, o mesmo leito conseguiu receber o triplo de pacientes.
Segundo o diretor de Recursos Próprios da Unimed Caruaru e Diretor Técnico do HUC, o médico André Muniz, além do aumento do giro de leito, o projeto trouxe inúmeros ganhos para o HUC. “Foi e é fundamental essa intervenção que a Eficiência Hospitalista fez dentro do hospital, com a diminuição do tempo de permanência [dos pacientes], a maior satisfação dos usuários, bem como a otimização dos recursos financeiros”, afirma.
A implementação do modelo de Medicina Hospitalar no HUC
A implementação do modelo de Medicina Hospitalar realizada pela Eficiência Hospitalista iniciou no dia 1º de outubro de 2019. Ela se deu na Enfermaria da instituição, após realização do diagnóstico situacional do serviço. De acordo com o gestor do projeto e consultor da Eficiência Hospitalista na Região Nordeste, o médico Enilson Vieira, o modelo hospitalista até então não existia e o resultado desse trabalho foi a qualidade assistencial.
Enilson afirma que o hospital saiu do conceito de clínica médica para o conceito de médico associado à gestão, como demanda os princípios da Medicina Hospitalar. Com a atuação dos médicos hospitalistas e da equipe, a redução de custos também fez a diferença na saúde financeira do hospital. “Não apenas os pacientes saíram ganhando, pois a visão do hospitalista focada no cuidado efetivo e seguro reduz desperdícios”, afirma Enilson.
As equipes hospitalistas no HUC
O modelo de Medicina Hospitalar do HUC conta com uma equipe formada por quatro médicos hospitalistas. Os profissionais atuam nos 32 leitos da enfermaria clínica, em uma média de seis a oito pacientes assistidos por cada médico. A cada semana, eles participam de reuniões à distância, via teleconferência, com a Eficiência Hospitalista, visando a avaliação e melhora dos indicadores, utilizando ferramentas próprias para isso.
A médica Georgia Alves Pereira é uma dos hospitalistas. Ela conta que não conhecia o modelo, mas ficou satisfeita com os benefícios. “Estamos sendo mais resolutivos e isso tem gerado bons resultados, pois conseguimos conduzir bem os pacientes, programar a alta e diminuir o tempo de internação hospitalar”, declara.
A Medicina Hospitalar no combate à Covid-19
Durante a pandemia de Covid-19, Enilson Vieira conta que um novo profissional passou a fazer parte do grupo de médicos hospitalistas pela necessidade da abertura de mais duas enfermarias. Dessa forma, o número de pacientes atendidos por cada médico hospitalista aumentou para dez no pico da pandemia na região.
A partir da consultoria da Eficiência Hospitalista, também foi instalada um tenda na área externa do hospital, voltada somente para o atendimento de pacientes Covid. A medida assegurou que não houvesse a superlotação do Pronto Socorro do HUC e criou um fluxo específico para pacientes com sintomas respiratórios, com o intuito de reduzir o risco de contaminação de pacientes com outras patologias.
Além disso, o trabalho do médico hospitalista fez toda a diferença em meio à crise, mostrando a plasticidade do modelo e a capacidade de adaptação a diferentes cenários. Isso não seria possível sem uma equipe tecnicamente adequada associada à uma visão de gestão com base em indicadores e metas.
“Reduzimos o tempo de permanência no pico da pandemia para que o PS não colapsasse. O hospitalista foi fundamental na condução durante o internamento e na transição para casa. Se o paciente está bem conduzido, reduzimos o risco de piora clínica, a demanda de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a demora desnecessária em ambiente hospitalar”, destaca.
André Muniz ressalta que a participação da Eficiência Hospitalista no enfrentamento ao novo coronavírus foi essencial. Isso garantiu que a demanda fosse atendida, sem agravar a situação de todo o hospital. Além de evitar a contaminação excessiva dos profissionais da saúde.
Reconhecimento
“A empresa nos guiou e criou nosso plano de contingência, o qual norteou todas as nossas ações e permitiu um resultado excelente tanto em termos clínicos quanto em financeiros”, afirma o diretor da Unimed Caruaru.
O trabalho teve o seu alcance além dos limites do município. “A atuação da Eficiência Hospitalista levou o nosso hospital ao reconhecimento em toda a região como case de sucesso no enfrentamento à pandemia, com resultado clínicos e operacionais muito relevantes”, diz.
A telemedicina também é realidade no HUC
Outro projeto implementado pela empresa foi o Telehospitalista (saibam mais sobre o projeto aqui). Desde março deste ano, acontecem as discussões on-line de todos os pacientes adultos internados, os chamados rounds. São encontros semanais, em que de um lado da tela estão o médico e a enfermeira hospitalista do HUC. Do outro, estão o coordenador médico do projeto, em Aracaju (SE), e a engenheira de produção da EH, em Porto Alegre (RS).
Isso é possível devido ao Dashboard da EH (imagem ao lado). A ferramenta de dados que facilita o acesso dos médicos consultores às informações prévias dos paciente. Isso auxilia na gestão dos indicadores do serviço, do mesmo modo que permite a análise da performance da equipe de hospitalistas
De acordo com a médica Geórgia, o sistema também soma a todo o trabalho realizado. Isso porque a iniciativa permite a escolha do melhor posicionamento para que o paciente fique o menor tempo internado.
“Não conduzir o paciente sozinho, mas com ajuda de outra equipe que vai nos orientando, facilita a alta. Desse modo, acaba nos levando a abrir a mente para outras condutas e hipóteses que possam ajudar nessa resolutividade”, conta.
O giro de leito na gestão hospitalar
A engenheira de produção da Eficiência Hospitalista, Caroline Rosso, explica que giro de leito representa quantos pacientes é possível alocar em um leito, ao longo de um mês. Se um paciente fica dez dias internado, isso significa que o hospital consegue acolher três pacientes em 30 dias.
Quando esse número passa para seis pacientes por mês é porque houve o aumento do giro leito, a partir da redução no tempo de permanência desse paciente no hospital e a possibilidade de acolher um maior número de pessoas para o atendimento. Dessa forma, a capacidade hospitalar aumentou em 50%, sem a abertura de novas vagas.
Portanto, Caroline reforça que lidar com uma reduzida quantidade de leitos pode ser a dor de cabeça do gestor hospitalar. Sendo assim, aumentar o giro de leitos e reduzir o tempo de permanência do paciente representa uma maior eficiência das instituições
“O número de leitos é um dos recursos maios caros e que limita a capacidade de um hospital. Por isso, a possibilidade de internar mais pacientes sem aumentar o número de leitos é um dos resultados alcançados com o modelo de Medicina Hospitalar”, destaca.