Atuação da Eficiência Hospitalista iniciou em setembro e já garantiu a discussão de mais de 60 casos de pacientes internados
A partir do isolamento social imposto pela pandemia, a fim de evitar o contágio não só dos pacientes, mas também dos profissionais da saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a importância da telemedicina como recurso assistencial. E não é só isso. A ferramenta permite otimizar os processos assistenciais e de decisão clínica.
Isso porque há a integração de quem está na ponta do atendimento com especialistas que garantem o suporte no gerenciamento dos pacientes. É o que acontece na unidade de internação de pacientes clínicos do Hospital Unimed Pelotas (HUP/RS), onde a Eficiência Hospitalista – Soluções em Saúde vem atuando desde o mês de setembro, com a implementação do projeto Telehospitalista.
Vamos entender como funciona!
Teleconsultoria ajuda a melhorar os processos assistenciais
No dia 15 de setembro, a empresa de gestão em saúde iniciou a implementação da telemedicina no Hospital Unimed Pelotas. Trata-se do projeto Telehospitalista, que já no primeiro mês de atuação viabilizou a discussão de mais de 60 casos e, desse modo, buscando otimizar os processos assistenciais aos pacientes internados.
A engenheira de produção da empresa, Leticia Bozzi Araujo, explica que os rounds acontecem duas vezes por semana, nas terças e quintas-feiras. Ela acompanha cada rodada on-line, ao lado do médico consultor da Eficiência Hospitalista. Em Pelotas, quem participa são os médicos Katia Lanzetta Haack Caetano e Bruno Koech, bem como a enfermeira Bruna Alves dos Santos.
Logo, a partir dessa interação é possível chegar à melhor solução para quem está internado na unidade.
Como as inovações tecnológicas auxiliam médicos e pacientes
Em cada round do Telehospitalista, os profissionais da saúde, independente de que lado da tela do computador estão, tem um único objetivo: a alta segura do paciente. Portanto, mesmo distantes, quem está na consultoria ou quem está na ponta do atendimento, busca a melhor opção de tratamento, reduzindo o tempo de internação e aumentando o giro de leito.
Sendo assim, a maior assertividade no plano terapêutico aumenta as chances de um mesmo leito receber mais pacientes. Ou seja, amplia a capacidade de internação sem a necessidade de abrir novas vagas, resolvendo um dos maiores entraves para uma assistência de qualidade.
Para se ter uma ideia do problema, um levantamento divulgado pelo CFM, no mês de julho, aponta que o Brasil tem um déficit de 18,2 mil leitos hospitalares apenas no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a engenheira de produção da EH, a ferramenta de telemedicina pode fazer a diferença quando se fala sobre leitos na saúde. “Nos projetos da Eficiência Hospitalista, podemos observar como essa troca de informações permite mais clareza, agilidade e segurança nas tomadas de decisões”, destaca Letícia.
E devido ao recente funcionamento do Hospital Unimed Pelotas, inaugurado há pouco mais de um ano, a administradora assistencial na Unimed Pelotas, Laura Berquo, ressalta que o aumento do giro de leitos também é considerado fundamental para a instituição.
“É um trabalho muito desafiador para um hospital de pouco mais de 40 leitos, ser eficiente com o perfil de internação que temos agora”, diz.
Esse é o segundo trabalho que a Eficiência Hospitalista realiza junto à instituição, inaugurada em julho do ano passado. Uma nova parceria muito bem-vinda pelo HUP. “Acredito que o projeto do Telehospitalista vai permitir que o hospital mantenha o padrão de atendimento de qualidade, assim como o de segurança ao qual sempre nos propusemos”, afirma Laura.
Os médicos e a telemedicina
A telemedicina veio para ficar. Segundo uma pesquisa realizada com 2.258 médicos brasileiros, 90% acreditam que as novas tecnologias digitais podem ajudar a melhorar a saúde da população. O estudo foi feito pela Associação Paulista de Medicina, em fevereiro desse ano. O objetivo foi avaliar como os profissionais pensam em relação a essas inovações nas suas atividades.
Para o médico consultor da Eficiência Hospitalista, Paulo Rosa, e que participa dos rounds entre a empresa e o Hospital Unimed Pelotas, o tipo de trabalho remoto permite que se conheça diferentes realidades, uma vez que elas podem existir, até mesmo, dentro de um mesmo Estado.
“Cada hospital possui as suas características e podemos perceber que muitas coisas são, realmente, verdades universais. E outras, não”, relata.
Durante a sua atuação junto ao projeto, Paulo conta que viu como a ferramenta contribui para que o médico clínico que está na ponta do atendimento, possa ter um olhar mais abrangente do processo. Segundo ele, a Medicina Hospitalar, modelo que é a base dos projetos da empresa, é fundamental que o profissional tenha essa visão do todo.
“Por estarem envolvidos diretamente com os pacientes, nosso trabalho é auxiliar os colegas a organizarem o fluxo assistencial, por meio do trabalho em conjunto”, assegura.
Além disso, a discussão dos casos também permite reconhecer eventuais falhas institucionais e evitar que elas possam ocorrer novamente. De acordo com a médica Kátia Lanzetta Haack, coordenadora Pronto Atendimento, Centro Clínico e SOS Unimed Pelotas, esse é um diferencial da ferramenta.
“Por isso, a discussão dos casos nos ajuda a identificar onde podemos nos aprimorar e isso estimula a uma melhor assistência”, garante.
Kátia, que até então nunca havia trabalhado com a telemedicina, acredita que o sistema veio para acrescentar ao trabalho médico realizado. Além de fortalecer o trabalho multidisciplinar. “O Telehospitalista qualifica os nossos serviços, sem falar que e a integração com a enfermeira hospitalista tem sido muito produtiva”, aponta a médica.