Telehospitalista é aliado do Hospital Unimed Caruaru na otimização da assistência

Telehospitalista é aliado do Hospital Unimed Caruaru na otimização da assistência

Iniciativa já viabilizou a resolução dos casos, discutidos de forma rápida e segura

Os pacientes adultos atendidos pelo Hospital Unimed Caruaru (HUC) contam com uma ferramenta que está fazendo toda a diferença na qualidade assistencial prestada aos segurados. Desde o final do mês de março, a instituição localizada na maior cidade do interior de Pernambuco conta com o Telehospitalista. Trata-se de uma iniciativa executada pela Eficiência Hospitalista, que também é responsável pela implementação do modelo de Medicina Hospitalar no HUC, iniciada há sete meses.

De acordo com Enilson Vieira, gerente médico da região nordeste da EH, a telemedicina tem sido uma importante aliada no atual momento em que vive a saúde, no enfrentamento ao novo coronavírus. Isso porque a videoconferência, realizada com todos os médicos do serviço, proporciona segurança para os profissionais e para os pacientes. “Em virtude da pandemia da Covid-19, o método permite garantir o atendimento qualificado em meio ao aumento da demanda, sem a necessidade de deslocamentos”, destaca.

imagem mostra médicos e enfermeiros do Hospital Unimed Caruaru em round do Telehospitalista
Telehospitalista reúne profissionais de Caruaru, Aracaju e Porto Alegre durante round

Telemedicina

Para entender como funciona o Telehospitalista, Enilson explica que o sistema conta com a discussão on-line de todos os pacientes internados, chamados rounds, em dois encontros semanais. De um lado da tela, a presença do médico e da enfermeira hospitalista do HUC. Do outro lado, estão o coordenador médico do projeto, em Aracaju (SE), e a engenheira de produção da EH, em Porto Alegre (RS).

E para que a discussão aconteça, os profissionais têm acesso aos dados do paciente por meio do Dashboard da EH, que facilita as informações prévias assistenciais e auxilia na gestão dos indicadores do serviço. Do mesmo modo, permite a análise da performance da equipe de hospitalistas

“Os resultados têm sido muito bons. Quando encontramos obstáculos sistemáticos que dificultam a desospitalização, implementamos o plano terapêutico e a previsão de alta. Sendo assim é possível diminuir as dificuldades para a alta hospitalar de forma institucional. Além de conseguir propiciar uma previsibilidade de giro de leitos”, relata Enilson.

Prática segura

A médica Ana Maria Fontenele ressalta que a presença física do médico é essencial na condução do atendimento. Entretanto, ela vê com bons olhos a utilização da telemedicina como uma prática segura. “Atualmente, nesse momento de pandemia, é um recurso importante que pode ser utilizado em benefício do paciente e nosso. Além disso, podemos compartilhar exames e prontuários quando precisamos tirar alguma dúvida com outro especialista, sem que ele se desloque até o local”, ressalta.

Da mesma forma, a enfermeira hospitalista do HUC, Daisy Marinho, vê a ferramenta como uma excelente opção nesse momento crítico em que vive a saúde. Não apenas para a segurança dos profissionais, como também para otimizar a assistência. “Por meio dela, obtemos o auxílio de profissionais qualificados de forma rápida e eficiente”, diz. Conforme Daisy, que é responsável pelo gerenciamento de leitos da instituição, “é uma vertente da Medicina que só vêm para agregar com toda estrutura que já existe.”

Consultoria

Hospital Unimed Caruaru contou com a consultoria da Eficiência Hospitalista desde o início da pandemia. Segundo Enilson, “a instituição continua sendo um Hospital Geral, mas foi preciso reconstruir, de forma rápida, eficiente e organizada, com o menor custo possível, uma estratégia que separe ao máximo as duas realidades. Ou seja, para evitar contaminação de pacientes não infectados e garantir o atendimento de qualidade a pacientes infectados com o coronavírus”.

O trabalho objetivou a reorganização das estruturas e fluxos de atendimento, levando ao um processo de desospitalização mais efetiva e oportuna. Hoje, são 15 leitos disponíveis de enfermaria e dez de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), com possibilidade de escalonamento, caso haja necessidade. “O impacto na geração de vagas em enfermaria foi bastante considerável, bem como nas estruturas e equipes montadas para o atendimento”, conta o gerente da EH.

Equipes

E para que tudo isso seja possível, o médico reforça que o entrosamento entre as equipes multidisciplinares tem sido de suma importância. “Nesse sentido, sem o trabalhando em conjunto, coordenado pelo médico hospitalista, seria muito mais difícil ter a resposta adequada ao tratamento e a desospitalização segura e oportuna”, diz Enilson.